A presença cada vez mais notória da Inteligência Artificial (IA) na sociedade está a criar uma procura crescente de profissionais altamente capacitados nesta área. No entanto, a formação em IA é complexa e requer habilidades multidisciplinares, o que torna o processo de ensino desafiador, alerta Teresa Peña, Professora Catedrática e Presidente do Conselho Pedagógico do Instituto Superior Técnico, no seu artigo de opinião no Jornal i.
Tendo em conta o seu grande potencial e o impacto alargado no nosso dia-a-dia, Teresa Peña defende que a formação em IA deve apostar não só no desenvolvimento de competências técnicas, alinhadas com as necessidades da sociedade e do mercado de trabalho, para que os profissionais formados estejam preparados para enfrentar os desafios e oportunidades desta área em constante evolução, mas também na promoção de valores éticos e sociais, para que a tecnologia seja usada de maneira responsável e benéfica para a sociedade.
As questões éticas e de privacidade são também apontadas pela docente como temas sensíveis que não devem ser descurados com o avanço da IA, atendendo ao seu potencial de poder mudar drasticamente o modo como vivemos/trabalhamos e ao impacto negativo que pode ter se não for utilizada de forma responsável e ética. Por este motivo, torna-se urgente a necessidade de se investir na formação avançada e na investigação em IA, a fim de serem desenvolvidas soluções que beneficiem a sociedade como um todo, mas sem descurar as implicações éticas e de privacidade que o avanço desta tecnologia coloca.