A Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL) tem a honra de receber Salikoko Mufwene na 5.ª edição das Lisbon Lectures in the Humanities (LLH), a realizar-se no próximo dia 8 de Novembro, às 18:30, no Anfiteatro I desta mesma instituição.
O Professor Mufwene, conhecido pelo estudo cruzado de aspectos formais, sociais, evolutivos, antropológicos e ecológicos da língua, fará uma conferência intitulada «Making Sense of the Ecology of Language and Linguistic Ecosystems». Nela dará uma visão abrangente e complexa da evolução linguística, onde a ecologia é a força matriz.
Salikoko Mufwene entende a evolução da língua na sua complexidade e variedade, atribuindo à ecologia um papel fundamental na interpretação do modo como a comunicação entre seres humanos evoluiu. Recuando até ao momento em que a comunicação sem língua se transformou na comunicação através de uma língua, o Professor Mufwene virá contar “a história da frente para trás, começando por relatar o aparecimento dos crioulos e como isso nos incita a revisitar hipóteses tradicionais da linguística genética relativamente à especiação linguística, recuando desse ponto até ao modo como se deu a evolução desde o aparecimento das línguas primordiais na filogenia humana”.
Salikoko Mufwene é actualmente o Edward Carson Waller Distinguished Service Professor of Linguistics and the College, na Universidade de Chicago, instituição onde colabora desde 1991, pertencendo também ao comité de Biologia Evolutiva, ao comité de Estudos Conceptuais e Históricos da Ciência e também ao comité de Estudos Africanos. É membro da American Philosophical Society, da American Academy of Arts and Sciences e da Cátedra Mondes Francophones no Collège de France.
Nas suas publicações, que incluem The Ecology of Language Evolution (Cambridge University Press, 2001), Créoles, Écologie Sociale, Évolution Linguistique (l’Harmattan, 2005) e Language Evolution: Contact, Competition and Change (Continuum Press, 2008), o Professor Mufwene aborda a evolução das línguas e, em particular, as línguas crioulas na perspectiva da biologia evolutiva, o que tem fundamentado a sua rejeição do excepcionalismo linguístico.
A entrada nas LLH é livre, mas sujeita a inscrição prévia, sendo a participação limitada à capacidade da sala.
Para garantir a sua vaga, aceda ao website do evento.
(os participantes devem comparecer 30 minutos antes da sessão para efectuarem a credenciação)